MODULAÇÃO OU REPOSIÇÃO HORMONAL FEMININA - Bioidênticos VS Sintéticos - A BATALHA
As pessoas sempre tem dúvidas em relação a segurança da utilização da terapia de reposição de hormônios sexuais femininos principalmente pós-menopausa. Você sabe a diferença entre eles? Sabia que apesar de nomes parecidos possuem efeitos muitas vezes diametralmente opostos?
Aviso: Conteúdo baseado em artigo científico, não é nenhuma recomendação de uso, sempre procure um profissional da área para lhe orientar a respeito.
Neste artigo, o autor fez uma revisão de diversas outras evidências científicas colocando frente a frente a reposição hormonal bioidêntica em comparação com a sintética, e seus possíveis riscos em relação a câncer de mama e doenças cardiovasculares.
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Você sabe a diferença entre eles? Sabia que apesar de nomes parecidos possuem efeitos muitas vezes diametralmente opostos?
HORMÔNIOS SINTÉTICOS:
Não são produzidas pela natureza, possuem uma configuração química que pode gerar rejeição e colaterais pelo organismo, encontramos por exemplo:
Estrogênios conjugados equinos
Acetato de medroxiprogesterona (MPA)
Outros progestágenos e estrógenos sinteticos
Observação :Os progestágenos sintéticos não aumentam a progesterona em exames de sangue, já observei diversas vezes, configurando de fato um hormônio completamente diferente.
HORMÔNIOS BIOIDÊNTICOS:
São cópias exatas dos hormônios endógenos ,isso é, aqueles produzidos pelo próprio organismo, entre os principais Tipos para a reposição hormonal feminina encontramos:
Estriol
Estradiol
Progesterona
Os resultados foram os seguinte:
CÂNCER:
1° batalha Câncer: PROGESTÁGENO VS PROGESTERONA
Progestágeno sintético-
TRIPLICA o risco do desenvolvimento de câncer de mama quando associado a o estradiol sintético, pode ocorrer devido a:
DIMINUIÇÃO DE:
Apoptose (morte das células), aumentando assim a mitose (divisão celular) favorecendo a proliferação de células mamárias cancerígenas induzidas por estrogênio.
AUMENTO DE:
Up-regulation da ciclina D1
Conversão dos estrógenos endógenos fracos nos mais potentes, aumentando do metabólito estrogênico genotóxico 16 hidroxi estrona.
Expressão dos genes intramamários proliferativos como o ki67 e ciclina B1
Alteração do equilíbrio entre os receptores de progesterona do tipo A e B
Progesterona bioidêntica
É associado com diminuição do risco de câncer de mama
Baixa progesterona endógena pode aumentar por exemplo o risco do desenvolvimento câncer mamário em até 5.4 x no período pré-menopausa.
Ocorrem 10x mais mortes em mulheres com baixa progesterona.
Sua ação anti-cancerígena ocorre devido à:
DIMINUIÇÃO DE:
Estímulo das células epiteliais mamárias, induzidas por estrogênio
Atividade dos receptores estrogênicos do tipo 1 na mama
Atividade mitótica das células mamárias, diminuindo sua proliferação em até 400%
Ciclina D1
Progressão da célula cancerígena na fase G1
AUMENTO DE:
Apoptose de células de câncer mamário
Ação antiestrogênica significativa no tecido mamário
Conversão intracelular de estrógenos potentes para suas versões mais fracas
Sem falar é claro que diversos outros EFEITOS SISTÊMICOS positivos podem ser encontrados com a utilização da
PROGESTERONA bioidêntica, por exemplo:
Em relação ao progestágeno, capaz de melhorar satisfação e qualidade de vida , otimizando parâmetros os quais:
Ansiedade < 50%
Depressão < 60%
Sono <30%
Déficits cognitivos <40%
Funcionamento sexual > 30%
Boa parte destes benefícios através dos efeitos neuroprotetores, e, neuromodulatórios da progesterona.
Melhora também:
Menstruação
Sintomas vasomotores
Etc...
Inibe a aldosterona - bom para o controle da hipertensão, Sem alterar a pressão em mulheres normotensas.
2° BATALHA CÂNCER: ESTROGÊNIO BIOIDÊNTICO VS SINTÉTICO
Estrógeno sintético:
Liga-se seletivamente aos receptores Alfa estrogênicos (promove o câncer), dimuindo a atividade da fração Beta (Inibe câncer), induzindo assim a instalação do problema.
Estrógenos derivados de equino também contém o metabólito 4-hidroxi -equilenina, potente carcinogenico induzindo dando ao DNA.
Estrogênio Bioidêntico:
Geralmente existem 3 frações as quais:
Estradiol -ativa alfa e beta receptores (Neutro quanto ao câncer), usa-se na terapia de reposição hormonal.
Estrona -seletivamente ativa o receptor Alfa na proporção de 5:1 para o Beta (Ruim= Aumenta câncer), não se usa na terapia de reposição hormonal.
Estriol-seletivamente liga-se ao Beta na proporção de 3:1 em relação ao Alfa (Bom= Previne câncer de mama), dessa forma inibindo a hiperativação dos receptores Alfa induzidas pelo estradiol. Usa-se na terapia de reposição hormonal.
Durante a gravidez: Aumenta-se em até 1000x o Estriol e, 15x progesterona , protegendo contra o câncer de mama.
É importante salientar que o uso do estradiol isoladamente oferece um mínimo risco do desenvolvimento de câncer mamário, no entanto, esse risco pode ser:
significativamente aumentado: Quando associado à progestágenos sintéticos.
Significativamente diminuído: Quando associado com progesterona bioidêntica, ia qual inibe completamente o efeito proliferativo do estradiol.
SAÚDE CARDIOVASCULAR
1° batalha: PROGESTÁGENO VS PROGESTERONA
Progestágeno sintético:
Aumenta-se o risco de doenças cardiovasculares, através de:
AUMENTO DE:
Resistência insulínica
Receptores de glicocorticoides- gerando colaterais indesejados
DIMINUIÇÃO DE:
Efeitos cardioprotetores do estrogênio.
HDL
Associação entre progestágeno e estrógeno sintético geram:
Aumento significativo no risco de ataque cardíaco e AVC.
Vasoconstrição- aumentando o risco na doença cardíaca isquêmica , predispondo a vasoespasmos da coronária.
Progesterona bioidêntica:
Protege o coração através de:
AUMENTO DE:
Efeitos estrogênicos benéficos como a cardioproteção, gerando aumento do HDL ( Esse aumento inclusive ocorre com estrogênio sintético), benefício perdido quando utilizado o progestágeno sintético.
Tempo para ocorrer isquemia do miocárdio durante o exercício- efeito benéfico notado em pacientes pós-menopausa com doenças da artéria coronária na utilização de Progesterona + estrogênio bioidênticos.
Diminuição de:
Até 50% no risco de desenvolvimento de placas ateroscleróticas, efeito obtido mesmo com a associação entre progesterona bioidêntica + estrógeno sintético, seguindo uma dieta aterogênica (ruim) por mais de 30 meses.
Alguns estudos indicam que, a utilização progesterona sozinha ou combinada com estrógenos pode até inibir a formação de placas ateroscleróticas.
VCAM1 (moléculas de adesão celular)- É um dos primeiros eventos que ocorrem no processo aterogênico, Progesterona bioidêntica oferece efeito protetor nesse sentido, o mesmo não ocorre com a versão sintética.
Espasmo arterial coronário- O qual poderia aumentar o risco de ataques cardíacos e AVC, benefício obtido mesmo utilizando-se a progesterona isoladamente ou em combinação com o estradiol.
2° BATALHA-ESTROGÊNIO BIOIDÊNTICO VS SINTÉTICO
Estrógeno sintético:
Seu uso com ou sem progestágeno sintético aumenta o risco de tromboembolismo venoso, seja na forma oral ou transdérmica.
Estradiol bioidêntico:
A versão Transdérmica no geral tem um efeito benéfico para o coração.
Observações:
De acordo com o FDA e sociedade de endocrinologia, não há evidência afirmando eficácia e segurança maior dos hormônios bioidênticos em relação ao sintéticos.
Embora ainda faltem mais estudos randomizados para segurar a eficácia dos hormônios bioidênticos, existem fortes e positivas evidências mostrada em estudos observacionais de larga escala, ou até mesmo alguns randomizados sejam em humanos, primatas ou IN-VITRO.
Para quem quiser se aprofundar veja o artigo científico:
Holtorf K. The bioidentical hormone debate: are bioidentical hormones (estradiol, estriol, and progesterone) safer or more efficacious than commonly used synthetic versions in hormone replacement therapy?. Postgrad Med. 2009;121(1):73-85.
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